Com a chegada do Verão e do calor as actividades pedagógicas mais orientadas são deixadas mais de parte dando lugar às actividades exploratórias mais ligadas aos sentidos. Começam a realizar-se mais actividades no exterior, sendo estas mais livres e das quais as crianças tanto gostam, tais como pinturas no exterior, jogos tradicionais e de grupo ou simplesmente o brincar livremente no recreio.
Outras das actividades que se podem realizar no exterior, inclusive com as crianças mais pequenas são as brincadeiras com a areia e a água, pois estas para além de desenvolverem o sentido de exploração, o exercício motor e a socialização, proporcionam uma grande possibilidade de experiências, tais como chapinhar, atirar, ter um contacto directo com a textura da areia e com a água sendo, estas, muito importantes no desenvolvimento das crianças.
As crianças pequenas gostam de chapinhar na água e na areia, apreciando o aspecto e a sensação macia da areia e da água e as contínuas mudanças que ocorrem conforme lhes vão tocando, chapinhando, fazendo montes de areia e vertendo. As actividades com areia e com água são fundamentais, pois proporcionam experiências chave como encher e esvaziar, esconder e procurar, perceber que existem objectos que bóiam e outros que afundam, ou simplesmente pela pura experiência ou brincadeira.
Estas actividades devem então ser realizadas, se possível, ao ar livre de forma que crianças possam brincar á vontade sem a preocupação do molhar ou sujar o espaço envolvente, recorrendo a uma “mesa” de areia e de água ou simplesmente usando uma piscina de bebés.
Para as crianças já de jardim-de-infância pode-se inclusive fazer com que participem no enchimento da mesa de água ou de areia recorrendo a baldes, concretizando assim actividades mais complexas ligadas á área da matemática.
Estas actividades podem também, e devem, ser realizadas com os pais, nos momentos de família, tais como uma simples ida á praia ou até nos momentos de higiene.
Fonte: Hohmann,mary & Post, Jacalyn in Educação de bebés em infantários, Fundação Calouste Gulbenkian, 2004.